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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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11/02/2014

Novos mapas mostram deslocamento de espécies devido às mudanças climáticas


Com as alterações desencadeadas pelas mudanças climáticas sobre os ecossistemas, muitas espécies não suportarão mais viver em seus habitats atuais e terão que se adaptar ou se deslocar para encontrar as condições ideais.

O clima em alteração cria novos ambientes em algumas áreas e faz outros desaparecerem, mas esses padrões e as suas consequências ainda não são totalmente compreendidos.

Em uma nova pesquisa publicada na revista Nature, um grupo internacional de cientistas, incluindo os australianos do CSIRO, produziu mapas globais mostrando a velocidade e em qual direção as temperaturas têm mudado nos últimos 50 anos (1960 a 2009), e analisou como isso já está impactando na distribuição das espécies. O estudo faz projeções até o final do século.

A pesquisa mostra que várias espécies de peixes e invertebrados que vivem no Hemisfério Sul já alteraram sua distribuição geográfica em direção a regiões mais frias.

Na superfície, espécies têm buscado alívio do calor, se movimentando em direção ao litoral, a altitudes mais elevadas, a montanhas mais sombreadas ou para longe da linha do equador.

O estudo ressalta que elementos geográficos (por exemplo, montanhas e o litoral) podem agir como barreiras ou como imãs, influenciando os padrões de migração.

Além disso, os pesquisadores afirmam que o sucesso na migração de uma espécie pode significar uma tragédia para outras. Por exemplo, o aquecimento das águas e o fortalecimento da corrente oriental australiana fizeram com que o ouriço Centrostephanus rodgersii invadisse a costa da Tasmânia, causando muitos prejuízos para as enormes florestas de kelps (tipo de alga) e, consequentemente, para os estoques de lagosta.

Os pesquisadores apontam a importância de se conhecer as áreas vulneráveis a migrações causadas pelas mudanças climáticas, para se possa implementar esforços de conservação e tomar decisões de manejo informadas.

“Áreas com alterações lentas na temperatura podem ser melhores para a proteção de espécies endêmicas e de vida longa (como aquelas que formam florestas ou recifes). Áreas expostas a pressões significativas podem precisar de ajuda para permitir migrações climáticas. Para espécies sésseis (fixas), pode ser necessária uma movimentação assistida”, ponderam.

Os pesquisadores concluem que é importante notar que o estudo não pode ser usado individualmente como guia para o que se fazer face às mudanças climáticas, e que é preciso considerar fatores biológicos, como a capacidade de adaptação e dispersão das espécies. Porém, neste período de mudanças sem precedentes, é necessário agir rapidamente para garantir que a maioria das espécies sobreviva.

Os mapas podem ser acessados nesta página, mas é necessário possuir o Google Earth instalado para visualizá-los.

Fonte: Fernanda B. Müller / Instituto CarbonoBrasil


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