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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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25/03/2014

Banco Mundial lança guia sobre dados climáticos e riscos de desastres


Com o número cada vez maior de eventos climáticos extremos, os países – principalmente nações pobres e emergentes – apresentam um risco crescente de enfrentar desastres que podem causar milhares de mortes e bilhões em prejuízos.

Segundo um novo relatório do Banco Mundial (BM), a melhor forma de prevenção desse problema está nas próprias comunidades: capacitando-as para a coleta de dados sobre riscos de catástrofes, é possível reduzir a lacuna de informação climática entre a população e o governo, permitindo que as mudanças climáticas sejam combatidas.

O Open Data for Resilience Initiative (OpenDRI) Field Guide (algo como Guia de Campo para Dados Abertos para Iniciativas de Resiliência) visa melhorar a adaptação de países em desenvolvimento e pobres a catástrofes naturais e às mudanças climáticas, evitando ao máximo possível os efeitos prejudiciais desses eventos.

O documento tem como objetivo apontar as formas de compartilhamento de dados e a colaboração entre diversos agentes da sociedade, como agências governamentais, o setor privado, a academia e a sociedade civil, no combate a esses fenômenos e suas consequências.

“Perdas econômicas de desastres naturais aumentaram de US$ 50 bilhões a cada ano nos anos 1980 para pouco menos de US$ 200 bilhões a cada ano na última década; cerca de três quartos dessas perdas são resultado de extremos climáticos”, observou Rachel Kyte, vice-presidente do Banco Mundial.

“O guia de campo permitirá que muitos de nossos parceiros melhorem a transparência, acessibilidade e colaboração em seus esforços para criar uma resiliência climática e de desastres”, continuou ela.

Além de apresentar estratégias que permitem uma redução de riscos mais eficiente frente às mudanças climáticas, o guia também promove uma série de esforços humanitários e de resiliência climática, apontando exemplos de sucesso em diversas partes do mundo.

“Tradicionalmente, há uma divisão entre dados de desenvolvimento e dados humanitários. O guia de campo nos ajudará a tratar esses recursos como uma coisa só, e permitir uma integração melhor dos bancos de dados existentes para nossos projetos”, comentou Sarah Telford, gerente de projeto do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) e colaboradora do OpenDRI.

Um dos casos apresentados é o GeoNode, uma ferramenta de código aberto para a gestão e visualização de dados espaciais. A ferramenta, já em uso em mais de 20 países, pode ser facilmente modificada e integrada em plataformas existentes, dando às comunidades um grande controle sobre informações de mapeamento. A GeoNode foi usada intensamente depois que o Tufão Haiyan passou pelas Filipinas, desalojando cerca de 11 milhões de pessoas e matando mais de seis mil.

Outro exemplo é uma ferramenta semelhante, a InaSAFE, desenvolvida em uma parceria da Austrália com a Indonésia, que permite que projetos comunitários de mapeamento sejam combinados com dados de risco, criando avaliações rápidas de impacto de desastres. Em Jacarta, capital indonésia, 500 membros da comunidade já foram treinados para coletar dados de hospitais, escolas, construções privadas e infraestrutura para aplicar à ferramenta.

Segundo o relatório, são ferramentas abertas como essas que estão incentivando tanto governos quanto comunidades a criarem estratégias para a mitigação dos efeitos cada vez mais fortes de tempestades, enchentes, secas e outras catástrofes naturais, e o guia é uma forma de disseminar isso.

“Ao fomentar um espírito de inovação e colaboração, o Guia de Campo OpenDRI permitirá que comunidades continuem a desenvolver ferramentas direcionadas de código aberto para a redução de risco de desastres, prometendo um caminho mais limpo em direção a um aumento de resiliência em algumas das comunidades mais vulneráveis do mundo”, conclui a publicação.

Fonte: Jéssica Lipinski / Instituto CarbonoBrasil


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