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Notícias Ambientais
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Hidrelétricas na Amazônia podem emitir mais gases de efeito estufa que usinas a carvão, óleo e gás - 04 de Fevereiro

O Brasil orgulha-se de ter usinas hidrelétricas como principal matriz energética por serem “fontes limpas”, de baixo impacto ao meio ambiente. Mas esse traço nacional está sendo questionado. Hidrelétricas instaladas ou previstas para serem construídas na Amazônia podem ser tão ou mais poluentes que usinas termelétricas. Dezoito novos reservatórios poderão emitir, em cem anos, até 21 milhões toneladas de metano e 310 milhões de dióxido de carbono – dois dos principais gases de efeito estufa, responsável pelo aquecimento do planeta. Como o metano é 32 vezes mais potente no efeito estufa que o gás carbônico, o montante de emissões pode chegar a até 982 milhões de toneladas de “gás carbônico equivalente”. Em cenário mais otimista, o valor é de 369 milhões de toneladas.

A constatação é do estudo desenvolvido por cinco pesquisadores, incluindo o professor do Programa de Pós-graduação em Ecologia da UFJF Nathan Barros. O artigo foi publicado na revista britânicaEnvironmental Research Letters, de alto impacto científico relacionado a pesquisas em meio ambiente. Na próxima edição do periódico, será publicada resenha sobre o trabalho por um dos principais pesquisadores sobre Amazônia Philip Fearnside, ressaltando a relevância do estudo.

“Seis das 18 hidrelétricas analisadas apresentaram número significante de simulações que apontam emissões comparáveis a usinas termelétricas. São elas: Cachoeira do Caí, Cachoeira dos Patos, Sinop, Bem Querer, Colider e Marabá. E a maioria das simulações para três delas – Cachoeira dos Patos, Caí e Sinop – estima emissões mais altas até mesmo do que usinas termais”, aponta o estudo.

A hidrelétrica de Sinop, em Mato Grosso, emitirá anualmente, pelo menos, 250 quilos de gás carbônico equivalente por megaWatt-hora (CO2eq MWh) de energia produzido ao longo de cem anos – que é o tempo aproximado de vida útil de uma hidrelétrica. Em seus primeiros 20 anos de implantação, quando as emissões são mais intensas, o volume poderá ser de 1,1 tonelada anual. Essa é a perspectiva otimista. Na versão mais poluente, o montante pode chegar a 5 toneladas de CO2eq por MWh anuais nas primeiras duas décadas e a 3 toneladas anualmente em um século. “Os valores são superiores a usinas à base de carvão, que emitem, em geral, 1 tonelada de CO2eq por MWh, e também mais altos que usinas de gás natural, responsáveis por 470 quilos”, explica Nathan. Usinas eólicas, que emitem pouca quantidade de gases de efeito estufa, liberam apenas 46 quilos.

 Continue lendo a matéria na página da UFJF

Fonte: Universidade Federal de Juiz de Fora
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