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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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23/08/2013

No Paraná, agricultores familiares estão satisfeitos com projeto Estradas com Araucárias


Capturar carbono, com plantios de árvores, nas divisas entre estradas e propriedades rurais, é o objetivo do projeto de Pagamento por Serviços Ambientais, Estradas com Araucárias, desenvolvido desde 2011, no Paraná. Os resultados preliminares da iniciativa "Sistemas estaduais de PSA: diagnóstico, lições aprendidas e desafios para a futura legislação", coordenado pelo Instituto o Direito por Um Planeta Verde, mostram que o projeto possui alto nível de satisfação entre os agricultores locais.

O projeto realiza-se nos municípios de Lapa e Irati, onde a consultora do Planeta Verde, Liana Lima, entrevistou agricultores familiares que estão cadastrados no programa. "O nível de satisfação com o projeto e sensibilização quanto à importância do plantio é alto entre os beneficiários", coloca a Liana. Os proprietários rurais recebem, por cada muda de araucária que plantam, o valor de R$5,00, sendo o valor máximo de R$1.000,00, por ano, para cada beneficiário, referente ao plantio e manutenção de 200 mudas.

Além de terem um complemento à renda familiar, eles investem o valor que recebem na manutenção e cuidado das mudas. Apesar do atraso no pagamento para alguns agricultores, Liana constatou uma boa percepção quanto à importância da iniciativa entre eles. "Verifica-se um nível de consciência ambiental alto, entre os agricultores familiares contemplados, que desejam inclusive obter certificação na produção orgânica", comenta.

Entre as motivações dos agricultores em participar do projeto, está também o interesse em agregar valor paisagístico nas propriedades, além da possibilidade de coletar pinhão para consumo próprio e venda do excedente. Contudo, alguns proprietários rurais ainda têm resistência em aderir ao projeto, devido às restrições que existem, como a proibição do corte e manejo da araucária, por se tratar de uma espécie nativa, ameaçada de extinção.

Estradas com Araucárias

O projeto é coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, por meio de sua Coordenadoria de Mudanças Climáticas e Recursos Atmosféricos. A implementação da iniciativa se dá por meio de um sistema misto de PSA, no qual a remuneração aos agricultores é feita diretamente por uma empresa privada que aderiu ao projeto, a fim de compensar suas emissões de gases de efeito estufa.

O projeto possui o objetivo essencial de se tornar uma ferramenta de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. A iniciativa remunera os agricultores por plantarem mudas de araucária em sua propriedade, visando, com o crescimento das árvores, a captura de carbono. Além disso, pretende a conservação da biodiversidade, criação de corredores ecológicos e proteção da espécie nativa que possui valor cultural e simbólico para o Estado do Paraná: a Araucária.

Fonte: Sarah Bueno Motter/ Redação Planeta Verde


Foto: Liana Lima

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