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Derecho y Cambio Climático en los Países Amazônicos

El Proyecto Derecho y Cambio Climático en los Países Amazónicos, coordinado por el Instituto O Direito por um Planeta Verde, tiene como finalidad fomentar el desarrollo de instrumentos normativos relacionados al cambio climático en los siguientes países: Bolivia, Brasil, Colombia, Ecuador, Perú y Venezuela, integrantes del Tratado de Cooperación Amazónica. LEIA MAIS

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27/11/2008

Desenvolvimento: Os banqueiros deixarão algum após o festim?


As enormes somas de dinheiro que os Estados Unidos e os países europeus estão destinando ao resgate dos bancos em risco de quebra poderão ter conseqüências desastrosas para os esforços no sentido de reduzir a pobreza e os efeitos da mudança climática, afirmaram especialistas. Um informe do não-governamental Instituto para Estudos de Políticas, com sede em Washington, destaca que serão usados para auxiliar as instituições financeiras mais de US$ 4 trilhões, uma quantia quarenta vezes superior ao que se investe para combater a pobreza e a mudança climática.

Os autores do estudo, divulgado esta semana, indicam que os governos dos países ricos muito provavelmente usarão a desculpa dos custos de salvamento dos bancos para não cumprirem seus compromissos em matéria de ajuda ao desenvolvimento e financiamento de ações contra o aquecimento global. O trabalho foi divulgado às vésperas de duas reuniões patrocinadas pela Organização das Nações Unidas com a intenção de avançar em sua agenda sobre meio ambiente e desenvolvimento.

Neste fim de semana, em Doha (Qatar), terá início a conferência de três dias sobre financiamento para o desenvolvimento, enquanto a cúpula sobre mudança climática começará na próxima semana na cidade polonesa de Poznan, com a presença de mais de oito mil delegados. Espera-se que durante as deliberações, que durarão mais de uma semana, se chegue a novos compromissos para combater a mudança climática, incluindo a ajuda financeira aos países em desenvolvimento para que implementem medidas com essa finalidade. Funcionários da ONU têm a esperança de que a reunião constitua “um marco no caminho para o êxito” do processo de negociações lançado em conferências anteriores.

A reunião tem a missão de estabelecer a agenda para as conversações finais sobre o tratado que sucederá o Protocolo de Kyoto, estabelecido em 1997 com metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa e que acontecerá na Dinamarca, no próximo ano. Mas, analistas dizem que, devido à preocupação dos governos dos Estados Unidos e dos países europeus com a crise econômica, é altamente improvável que sejam obtidos grandes avanços em matéria de financiamento para minimizar a mudança climática. Independente do que fizerem as nações ricas nesta área, destaca o estudo, a crise financeira está golpeando todos os países por igual.

“A pobreza em aumento e o desemprego no mundo em desenvolvimento levarão a uma competição ainda mais brutal do que a atual pelo emprego”, disse John Cavanagh, principal autor do estudo. “A mudança climática coloca em risco o futuro do planeta”, acrescentou. A seu ver, as nações mais ricas “têm a fixação de responder apenas à crise financeira e, especificamente, de sustentar suas próprias instituições financeiras”. Segundo os autores do informe, os US$ 152,5 bilhões investidos pelo governo dos Estados Unidos no resgate de uma única empresa, a AIG, supera de longe os US$ 90,7 bilhões que esse país e os europeus destinaram à ajuda ao desenvolvimento no ano passado.

Em 2007, Washington destinou à ajuda de todas as nações em desenvolvimento US$ 23 bilhões, mas gastou US$ 29 bilhões para salvar o banco de investimento Bear Stearns. A quantia usada pelos governos europeus e norte-americano para resgatar as instituições financeiras é mais de 300 vezes superior aos US$ 13 bilhões em novos compromissos assumidos para ajudar os países pobres a enfrentar a mudança climática nos próximos anos. Os pesquisadores destacaram que o governo suíço destinou US$ 60 bilhões para ajudar o cambaleante banco de investimento UBS, quantia cinco vezes superior à comprometida pelo conjunto dos governos europeus em 2007 para financiar ações contra a mudança climática nos países pobres.

O estudo indica que Washington não financia nenhum projeto relacionado com a mudança climática no mundo em desenvolvimento e jamais assinou o Protocolo de Kyoto, embora seja responsável por um quarto das emissões de gases de efeito estufa do planeta, que, de acordo com os cientistas, são a causa principal do aquecimento global. “Esta assimetria nas prioridades atormentará os Estados Unidos e o resto dos países do Norte no longo prazo. Eles não têm apenas a obrigação de solucionar o desastre que provocaram, mas também é algo que atende aos seus interesses”, disse Sarah Anderson, co-autora da pesquisa. (IPS/Envolverde)

Por:Haider Rizvi, da IPS
Fonte: Envolverde/IPS


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