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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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14/11/2013

Emissões de GEEs provocaram aumento de 26% na acidez dos oceanos desde 1880


Estudo afirma que oceanos podem ficar até 170% mais ácidos ainda neste século, ameaçando a sobrevivência de 30% das espécies marinhas

A acidificação dos oceanos já é vista como um grave problema há várias décadas, mas saber a total extensão do fenômeno sempre foi um desafio para pesquisadores. Agora, um painel de cientistas parece ter conseguido traçar um panorama da situação atual, e ele é muito pior do que se esperava.

Produzido durante o terceiro “Simpósio sobre Oceanos em um Mundo Rico em CO2”, que reuniu 540 especialistas de 37 países em setembro, o novo estudo é uma coletânea do que de mais relevante foi publicado sobre o assunto em periódicos científicos.

Segundo o documento, as atividades humanas estão adicionando 24 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) aos oceanos todos os dias. O resultado disto é que hoje as águas são 26% mais ácidas do que eram em 1880.

Se continuarmos no ritmo atual de emissão de gases do efeito estufa (GEEs), até o fim do século os oceanos estarão 170% mais ácidos, colocando em risco serviços ecossistêmicos fundamentais para as milhões de pessoas que vivem dos mares e ameaçando pelo menos 30% das espécies marinhas.

De acordo com o estudo, em nenhum momento nos últimos 300 milhões de anos os oceanos tiveram uma taxa tão rápida de acidificação.

Os impactos disso já podem ser claramente vistos na deterioração dos recifes de corais, que são essenciais para a biodiversidade marinha, mas que estão sofrendo com o processo de “branqueamento” por todo o mundo.

“Se a sociedade continuar com essa trajetória de altas emissões, os recifes de corais de águas geladas, localizados em águas profundas, se tornarão insustentáveis. Além disso, a erosão dos recifes de corais tropicais deve ficar mais rápida do que a capacidade desses organismos de se recuperarem”, explicou Wendy Broadgate, uma das autoras do estudo e diretora do Programa Geosfera-Biosfera Internacional.

O trabalho será entregue na Conferência do Clima das Nações Unidas de Varsóvia (COP 19), que está em andamento na Polônia.

“Nós podemos dizer agora com grande confiança que a acidificação dos oceanos significa que devemos nos preparar para significantes perdas econômicas e de serviços ecossistêmicos. Mas também sabemos que se conseguirmos reduzir as emissões poderemos frear a acidificação. Essa é a mensagem que queremos levar para a COP 19”, afirmou Ulf Riebesell, principal autor do estudo.

Fonte: Fabiano Ávila / Instituto CarbonoBrasil


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